Perto de iniciar a oitava fase da Operação Lava Jato, na qual o alvo são os mais de 300 políticos citados em várias delações premiadas, Judiciário e Polícia Federal seguem na maior ação policial já vista na República desde a sua fundação, há 125 anos, sem que isso não apresente reações colaterais, como a sentença de morte à honra do diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, citado indevidamente no processo; ou ao ataque direto à respeitabilidade do senador Humberto Costa (PT-PE), acusado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal e pivô da série de cargas contra empresários, lobistas e parlamentares, no inquérito.
Além de funcionários da Petrobras e grandes empreiteiros, 250 parlamentares e cerca de 50 líderes partidários teriam sido citados pelos delatores, segundo vazamentos publicados nos diários conservadores paulistanos. À medida que avançam as investigações e a divulgação de trechos dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, mais nomes são atirados à opinião pública, sem uma comprovação das provas apresentadas.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, ressaltou no despacho que determinou a prisão preventiva do lobista Fernando Baiano, que não é possível partidarizar os envolvidos operação, pois ainda não são conhecidos o alcance a duração do esquema:
“Aqui não se faz crítica partidária, pois se desconhece ainda o alcance e a duração da prática criminosa”, diz ele.