O Irã lançou cerca de 350 mísseis balísticos contra Israel desde sexta-feira, 13, a grande maioria dos quais foi interceptada, de acordo com as Forças de Defesa israelenses.
Ainda assim, 24 pessoas foram mortas no total; e a tendência é que esse número aumente, já que outra pessoa segue desaparecida após o impacto de um míssil em um prédio em Bat Yam, cidade na costa do mar Mediterrâneo.
No ataque do Irã ao centro de Israel e à área de Haifa, cidade portuária no norte do país, por volta das 4h da manhã desta segunda-feira, 16, cerca de 65 mísseis balísticos e dezenas de drones foram lançados.
Esse ataque noturno atingiu três grandes locais, matando oito pessoas e ferindo 95. Quatro foram mortas em Petah Tikva, cidade no Distrito Central; três em Haifa; e uma em Bnei Brak, cidade no distrito de Tel Aviv.
Os bombardeios iranianos consistem no disparo de 30 a 40 mísseis cada um, segundo as FDI.
O regime dos aiatolás tem tentado disparar centenas de cada vez, de acordo com militares, mas os bombardeios da Força Aérea Israelense (FAI) contra lançadores de mísseis balísticos no Irã estão interrompendo “grande parte” dos ataques.
Em cada barragem, entre 5% e 10% dos mísseis “vazam” e atingem Israel, disseram autoridades à imprensa local. Isto inclui mísseis que as FDI afirmam não terem tentado abater, “de acordo com o protocolo”, permitindo que atingissem áreas abertas sem causar prejuízos; mas também os mísseis que as forças não conseguiram interceptar e que atingiram áreas urbanas, deixando vítimas e causando danos.
A maior parte dos disparos de mísseis balísticos do Irã tem como alvo Tel Aviv e Haifa, que são densamente povoadas, e, em menor grau, a região de Bersheba, cidade no sul de Israel. Isto significa que os poucos mísseis que não são interceptados causam e continuarão causando danos, enquanto houver ataques.
Os militares têm enfatizado que, por melhores que sejam as defesas aéreas multicamadas de Israel, elas não são herméticas. Eles instaram os israelenses a obedecerem às instruções do Comando da Frente Interna para se refugiarem em salas seguras e abrigos antiaéreos quando receberem alertas de mísseis.
Um caso considerado isolado não foi suficiente para mudança de orientação. Um dos mísseis balísticos disparados durante a noite, carregando uma ogiva de centenas de quilos, atingiu um cofre antibombas no quarto andar de um prédio de apartamentos em Petah Tikva. Duas pessoas na sala segura morreram, enquanto aquelas nos abrigos dos andares acima e abaixo não ficaram feridas.
As outras duas mortes em Petah Tikva ocorreram fora dos espaços de proteção. Uma pessoa estava no andar acima do local atingido pelo míssil, mas não em seu quarto seguro, e a outra estava em um prédio vizinho atingido pela onda de choque.
O Comando da Frente Interna reiterou que as salas de segurança antibombas ainda são o local mais seguro em meio a ataques de mísseis balísticos, especialmente em prédios novos. As salas reforçadas já salvaram numerosas vidas nos bombardeios do Irã até agora, segundo o Comando.
As baixas iranianas
Quatro oficiais de inteligência do Irã, incluindo o chefe da Organização de Inteligência do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC), brigadeiro-general Mohammad Kazemi, foram mortos em um ataque da Força Aérea Israelense em Teerã no domingo, 15, confirmaram as FDI.
O bombardeio realizado por caças atingiu um prédio na capital iraniana, onde vários oficiais de inteligência do Irã estavam reunidos.
O ataque também matou o vice do chefe de inteligência do IRGC, Hassan Mohaqiq, juntamente com o chefe de inteligência da Força Quds do IRGC e seu vice, disseram os militares.
“Esses altos funcionários desempenhavam um papel central na formulação da avaliação da situação no Irã e no planejamento de atividades terroristas contra Israel, o Ocidente e países da região”, segundo as FDI.
O porta-voz das FDI, brigadeiro-general Effie Defrin, ainda confirmou em coletiva de imprensa que a Força Aérea de Israel estabeleceu “total superioridade aérea” sobre Teerã, como vinha mostrando O Antagonista no fim de semana.
Desde o início do conflito, as FDI afirmam ter destruído mais de 120 lançadores de mísseis balísticos iranianos, o que, segundo as forças, representa um terço do que tinha o Irã.
As FDI dizem também que cerca de 50 caças e drones identificaram e atingiram locais de armazenamento de mísseis e centros de comando, onde soldados iranianos estavam reunidos para lançar os mísseis.
Além disso, os militares dizem que as FAI conduziram ondas de ataques em Isfahan, cidade no centro do Irã, atingindo mais de 100 alvos militares.