Mais de 2.500 participantes de clubes de desbravadores das 22 cidades do Extremo Sul da Bahia se reuniram em Santa Cruz Cabrália para um dos maiores acampamentos juvenis da região. O encontro, conhecido dentro da Igreja Adventista como Campori, reuniu crianças e adolescentes em quatro dias de atividades ao ar livre, desafios práticos, celebrações e momentos de reflexão, marcando a primeira edição promovida pela sede regional da denominação, a Missão Bahia Extremo Sul (MiBES).

Durante todo o encontro, os participantes passaram pelo chamado “carrossel de atividades”, composto por provas físicas, desafios mentais, trilhas, técnicas de sobrevivência, uso de ferramentas, nós, montagem de barracas, orientação e cooperação em equipe. Cada prova foi criada para reforçar habilidades como concentração, disciplina, coragem e resiliência.
“Eu treinei bastante para essa prova! A parte mais difícil foi manter o ritmo. Consegui uma boa pontuação e acho que meu clube tem chance de chegar ao padrão Ouro”, relatou uma desbravadora. 

A estrutura do Campori foi organizada para garantir atendimento completo aos inscritos, com áreas de acampamento setorizadas, equipes de apoio, segurança 24 horas, pontos de hidratação, atendimento médico, espaços de convivência e áreas para atividades recreativas. O presidente da MiBES, pastor Jucimar Noya, explica que “todo o ambiente foi pensado para que os participantes pudessem viver dias intensos em contato direto com a natureza, convivendo em grupo, aprendendo a lidar com desafios práticos e desenvolvendo autonomia”. 

Além das atividades e competições, o Campori dedicou grande parte de sua programação a momentos espirituais, com reflexão, música, partilha de histórias e incentivo à fé. A proposta foi reforçar valores como solidariedade, empatia, respeito e responsabilidade, princípios centrais do movimento dos Desbravadores.

Para muitos participantes, chegar ao Campori exigiu esforço coletivo, arrecadação de recursos, organização interna e dedicação. “A gente vendeu comida, fez rifas e trabalhou muito. Quando a gente chega aqui e vê tudo pronto, dá uma sensação enorme de conquista”, conta Mirela Moura, desbravadora de 16 anos.

Para o pastor Noya, o Campori representa um marco estrutural e humano para o território. “O que vimos foi um movimento de crianças e adolescentes engajados em atividades que fortalecem caráter, convivência e espírito de colaboração. Esta experiência permanece com eles por toda a vida”, afirmou.

O diretor do departamento dos Desbravadores, pastor Gleisson Cruz, destaca o impacto gerado: “Cada clube chegou aqui fruto de muito trabalho e empenho. As atividades foram planejadas para promover desenvolvimento integral. Ver tudo isso acontecendo no primeiro Campori da região é motivo de grande alegria.”

Aberto a qualquer pessoa

O Clube de Desbravadores é um programa aberto à comunidade, destinado a crianças e adolescentes de 10 a 15 anos, e presente em cidades de todo o país. A participação é gratuita, e basta procurar uma Igreja Adventista mais próxima para se inscrever ou obter informações sobre o clube da região.