O desvio da ponte do Rio Jequitinhonha, alternativa disponibilizada pelo Governo Federal para o tráfego de veículos pesados que circulam pela BR-101 nos dois sentidos, já se tornou um problema gravíssimo — de interesse nacional, mas, ao que parece, uma causa perdida.

Trata-se de uma questão de pouca importância para o presidente Lula, que se encontra em viagem à Indonésia, assim como para o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, que esteve recentemente em municípios como Jequié e Itacaré, enquanto a região do extremo sul permaneceu praticamente isolada. Entre quinta e sexta-feira, carretas e ônibus enfrentaram enormes dificuldades para trafegar pelo desvio da Veracel, única rota alternativa oferecida pelo Estado aos cidadãos.

As condições de trafegabilidade do desvio são extremamente precárias — lembram a Transamazônica em épocas chuvosas e remotas. Carretas atoladas e atravessadas ao longo do percurso, nos últimos dias, provocaram a paralisação de centenas de veículos pesados nos dois sentidos da via.

Nas imediações da fábrica da Veracel, centenas de caminhões e carretas permaneceram parados por mais de 12 horas. Uma verdadeira vergonha nacional.

No dia 6 de junho, o governador Jerônimo Rodrigues, acompanhado do senador Jaques Wagner, do vice-governador Geraldo Júnior, de representantes do DNIT e do Ministério dos Transportes, anunciou com grande estardalhaço a reabertura da ponte do Jequitinhonha para veículos leves, além do início das obras da nova ponte, com prazo estimado de 10 a 12 meses a partir daquela data.

Passados quatro meses, a empolgada reunião em Salvador não passou de um grande blefe.
Nada foi feito no desvio.
A ponte continua na mesma situação.
E a população, assim como os motoristas, seguem enfrentando os maiores transtornos.