A pecuária baiana atingiu um marco histórico em 2024. O estado alcançou o maior rebanho bovino em 50 anos e registrou aumento recorde na produção de ovos do mesmo período, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), e apresentados a órgãos e instituições do agronegócio baiano.
De acordo com o levantamento, o rebanho bovino contabilizou 13,7 milhões de cabeças. O crescimento da bovinocultura acontece pelo quarto ano consecutivo, com mais 3,5% na comparação com o ano anterior. A Bahia se consolidou como o segundo estado do país que teve a maior alta absoluta, gerando um acréscimo de 455,8 mil cabeças desde 2023.
Já a produção de ovos de galinha chegou a 127,7 milhões de dúzias, crescendo pelo quinto ano consecutivo, com mais 4,2% em relação a 2023 — ou seja, um acréscimo de 5,2 milhões de dúzias. As cidades que mais se destacaram foram Eunápolis, com 27 milhões de dúzias; Barreiras, com 13,8 milhões; e Entre Rios, com 8,6 milhões de dúzias.
“Os números demonstram o grande potencial que a Bahia possui para a pecuária. Temos condições favoráveis, como vasta extensão territorial, crescimento na produção de grãos, chegada de novas empresas e políticas públicas voltadas ao setor”, afirmou o secretário estadual da Agricultura, Pablo Barrozo.
“A pecuária representa hoje entre 25% e 30% do PIB do agronegócio baiano. O agro como um todo responde por mais da metade dos 8 bilhões de dólares que a Bahia exporta anualmente, sendo essencial na geração de emprego e renda”, disse o coordenador de Contas Regionais da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI-BA), João Paulo Caetano.
“Grande parte da pecuária, especialmente a de frangos e suínos, depende da disponibilidade de grãos para ração, e a Bahia tem se destacado nesse aspecto”, conclui o supervisor de Agropecuária do IBGE na Bahia, Luís Alberto Pacheco.