Bahia, 08 de Agosto de 2025
Por: A Gazeta Bahia
08/08/2025 - 06:33:03

Quantos radialistas e jornalistas ainda vão ter que morrer e serem enterrados quase como indigentes em Eunápolis?

Não queremos, neste pequeno texto, citar nomes daqueles que se foram deste plano, que chegaram para Eunápolis ainda mais jovens, trazendo conhecimentos, a arte da escrita, da informação, do jornalismo. Não queremos mencionar seus nomes. Nem lembrar da maneira fria como foram tratados por esta sociedade. Enterrados como esquecidos, ou colocado em abrigo para idosos?

O velório do jornalista Isnard Vasconcelos foi um retrato dessa realidade! Seu corpo quase seria enterrado numa cova fria, lá no Cemitério do Sapucaeira, sem sepultura! Sem gaveta e cal! Apenas um buquê de rosas a murchar na madrugada, a cobrir seu pobre túmulo de barro amarelo!. Pessoas viram que seria uma grande ingratidão, e uniram forças para que seu corpo fosse sepultado no Campo Santo!

O velório de Isnard Vasconcelos, ex-secretário em duas gestões, político, articulador por natureza, jornalista veterano, foi um pequeno encontro de poucos amigos verdadeiros, e o salão quase vazio foi o retrato do desamor de muitos! Foi o retrato da falta de respeito desta sociedade, feita por gente de fora. Da falta de respeito dos vereadores, dos secretários municipais, dos amigos, de parte dos colegas de imprensa, de políticos, radialistas e das amigas!

Seu cortejo fúnebre quase não tinha carros, e poucos faziam fila na ladeira do Boa Vista.

Ao invés dos discursos inflamados e pujantes oratórias à beira do caixão, apenas uma prece e poucas palavras dos presentes. Dos verdadeiros amigos!

Eunápolis é uma terra estranha. Não é um bom lugar para morrer e nem ser velado!. Que o velório de Isnard Vasconcelos sirva de reflexão para os profissionais da imprensa, para os artistas, para as pessoas que vivem sem a riqueza material, e para todos nós!

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